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Edição 02 – Antropocentrismo – set/out 2023

O antropocentrismo é um modo de compreender a presença humana no centro do mundo que segue tendo impactos profundos sobre as diversas formas de vida, o meio ambiente e a própria perpetuação do planeta. Temos que superar a ideia equivocada de que somos seres privilegiados dotados de inteligência e linguagem, cercados por entes inertes ou limitados. Sem a valorização da natureza, não iremos longe. A reflexão sobre tal questão urgente e importante vem sendo realizada por estudiosos e pensadores de diferentes áreas, como fica demonstrado nesta edição 02 da Parepense.

Artigo do filósofo e professor Peter Pál Pelbart analisa crise de imagem da espécie humana, que vê a própria sobrevivência ameaçada pelo ideal de progresso que concebeu e executou ao longo da História
Em vez de um distanciamento do passado, a psicóloga e filósofa Vinciane Despret propõe uma intensa e longa relação entre os vivos e os que partiram. Saiba mais em trechos de seu livro "Um brinde aos mortos – Histórias daqueles que ficam", selecionados pelo editor convidado Peter Pál Pelbart
A antropóloga Anna Tsing faz da busca pelos cogumelos uma inspiração para refletir sobre a precariedade do capitalismo e as perspectivas de uma nova coexistência entre os seres vivos. Confira fragmentos do livro "O cogumelo no fim do mundo", selecionados pelo editor convidado Peter Pál Pelbart
Para a filósofa Donna Haraway, a continuidade das espécies exige uma compreensão do mundo imaginativa, sensível e responsável, que transcenda os pontos cegos da razão. Leia mais em trechos do livro "Ficar com o problema: Fazer parentes no chthluceno", selecionados pelo editor convidado Peter Pál Pelbart
No livro "A vida das plantas - Uma metafísica das misturas", o filósofo Emanuele Coccia critica o pedestal que diversas disciplinas destinaram ao conhecimento humano e destaca a sabedoria do reino vegetal. Veja no trecho selecionado pelo editor convidado Peter Pál Pelbart
A psicanalista Gabriela Garcia traça um paralelo entre o lugar especial que julgamos ter no universo e a expressão freudiana “Sua majestade, o bebê”

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