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Ângela Salgueiro Marques, professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e Lara Dornas, doutoranda em Comunicação Social da UFMG, analisam movimento de moradores organizado após desastre ambiental em Mariana (MG), a partir de metáforas espaço-temporais do filósofo alemão
Imagem do Freepik

Índice do Artigo

Repare:

  • à luz de conceitos de Walter Benjamin, as autoras percorrem a história recente de moradores de Bento Rodrigues, distrito de Mariana (MG) destruído pelo rompimento da barragem de Fundão em 2015;
  • a vida da comunidade após o acidente (com 19 vítimas fatais e danos irreparáveis ao meio ambiente) é analisada com base em noções sobre espaço e tempo cunhadas pelo filósofo alemão;
  • as autoras destacam o conceito de limiar, um lugar de transição e de mudança que pode ser visto nas ações do grupo Loucos por Bento, criado para preservar a memória do distrito e ressignificar sua história;
  • a noção benjaminiana de “espaço de jogo” ajuda a perceber a movimentação social e política dos moradores, que fazem dos encontros e desencontros com o passado, o presente e o futuro uma estratégia para a transformação individual e coletiva;
  • a conclusão das autoras é que a atuação de Loucos por Bentoconfere um novo sentido à experiência dos danos sofridos e abre caminho para a emancipação dos sujeitos.

“Como impedir a destruição da humanidade e da natureza?” É com essa pergunta que Márcio Seligmann-Silva (2023, p.133) inicia sua reflexão acerca de como o filósofo Walter Benjamin pensa o jogo que as sociedades capitalistas estabelecem com a natureza. O avanço da técnica e os dos ditames do lucro e do progresso deixam pouca “margem de manobra” para a ação emancipatória e reflexiva dos sujeitos. Contudo, Benjamin defendia outra forma de agência e apropriação da técnica: uma capaz de alterar a imaginação política, reencenar as bordas com a natureza, e abrir um novo campo de ação. Jogar junto com a natureza, atuar com ela, seria uma das dimensões que, segundo Seligmann-Silva, o pensamento de Benjamin sobre a potência da técnica poderia oferecer ao mundo contemporâneo. Além disso, a técnica ampliaria o imaginário político e o sensorium que orienta nossa experimentação no mundo e nas relações. Como (r)existir, especialmente a população vulnerabilizada, diante destes jogos que o capitalismo estabelece com a natureza e que acaba expondo-a a grandes desastres ou catástrofes socioambientais que o nosso tempo tem testemunhado?

As metáforas espaço-temporais de Benjamin: potência e atualidade

As guerras, a pandemia da Covid-19, a intensificação de acidentes climáticos como terremotos, tsunamis ou desastres provocados por entes empresariais ou públicos, têm desencadeado movimentos diversos na sociedade. Neste artigo, nos valemos de uma situação específica de um dano socioambiental para articulá-la às noções de experiências liminares e espaços de jogo (Spielraum), cunhados por Walter Benjamin. Consideramos que essas noções revelam arranjos capazes de interferir no imaginário político que orienta os gestos de resistência desses sujeitos e a transformação de condições de opressão e de aprisionamento da experiência.

O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015, continua a reverberar na mídia e tem sido analisado por acadêmicos, pesquisadores, inscritos em diversas áreas do conhecimento. Partimos, aqui, da reflexão sobre a movimentação e articulação social dos atingidos, acreditando que fatos dessa natureza, relacionados a situações de danos socioambientais cada vez mais comuns à nossa realidade, são importantes para entendermos como os grupos impactados por desastres se mobilizam, e como tal fato afeta e é afetado pela sociedade. 

Para iniciar, destacamos que disputas, conflitos ou situações de dano se dão no território, dimensão capaz de revelar uma “luta social convertida em espaço”, valendo-se de “jogos mais concretos, materiais-funcionais, e jogos mais simbólicos de poder”, como afirma o geógrafo Haesbaert (2007, p. 38). É no território que os conflitos e danos se materializam. Para o autor, todo poder social significa um tipo de poder sobre o espaço. No caso de conflitos e desastres socioambientais, o rastro de danos se reflete nos modos de produção e de desdobramentos imediatos e em um verdadeiro “enfrentamento de aspirações, tensões e dilemas práticos, resultantes de um projeto moderno definidor de modos contemporâneos de existir” (Mafra et al, 2023, p.2).

Em um mesmo território, atores e grupos sociais mobilizam arranjos, a fim de lidar com o acontecimento – a partir de um desastre socioambiental – e vivenciar o local dentro de um novo contexto. Neste movimento, grupos de atingidos são capazes de contribuir para a ressignificação da experiência do dano e das relações entre os sujeitos envolvidos, e destes com o entorno, revelando, muitas das vezes, um potencial de resistência e de emancipação.

Spielraum e a abertura de margens de manobra diante do impossível

O filósofo Walter Benjamin em sua obra Passagens (02ª, 1) menciona a necessidade de se diferenciar o limiar [Schelle] da fronteira [Grenze]. Para o autor, “O limiar é uma zona. Mudança, transição, fluxos”. Gagnebin (2014, p.37) reforça que, para Benjamin, o limiar, para além da ideia da separação, “aponta para um lugar e um tempo intermediários e, nesse sentido, indeterminados, que podem, portanto, ter uma extensão variável, mesmo indefinida”. Indica a separação entre dois ambientes, e inclui a noção de mudança gradual, movimento daquilo que não se apresenta de maneira definida, incorporando as noções de espaço e de tempo. Cordeiro (et al., 2022), em sua interpretação da obra de Benjamin sobre as noções do limiar como uma passagem entre dois extremos, reforça que este lugar intermediário, pautado em tempos intervalares, permite a transição de um ponto a outro, favorecendo o gesto de experimentar gradações, testar forças, sair da zona de conforto, e arriscar novas experiências.

Sob a ótica de Benjamin (2009), o limiar pode ser fonte de operações que alteram a maneira como se experimenta o espaço e o tempo. O limiar indica transição, movimento de passagem, zona de fluxos e contrafluxos. Ele não apenas separa dois territórios (como a fronteira), mas permite a transição, de duração variável, entre os dois territórios. Não significa somente separação, mas aponta para um lugar e um tempo intermediários, indeterminados, que podem ter uma extensão variável, mesmo indefinida.

“Opondo-se radicalmente a fronteira, o limiar é o lugar onde fervilha a imaginação, como o território da infância”

O limiar abarca a hesitação e a suspensão: pode-se demorar no limiar, mas não se permanece imobilizado, porque, segundo Benjamin (2009), ele é a “morada do sonho”, da fabulação. No limiar descobre-se rastros e vestígios e desvia-se de uma rota original para optar pelo descaminho, pelas errâncias. Experiências liminares deslocam temporalidades de maneira que as descobertas realizadas no presente a partir de vestígios do passado criam uma espera ampliada e amplificada: “como se o tempo da espera (Warten) redobrasse, por sua necessária paciência, o fervor do vivido que não voltará mais” (Gagnebin, 2010, p. 18). Para o filósofo, é inclusive nessas aproximações de temporalidades distintas que se produzem lampejos capazes de conduzir o processo de produção de conhecimento e de transformação do imaginário político. Tal zona intermediária do limiar, para Benjamin, diferencia-se da fronteira, que significa a demarcação abrupta e evidente, muitas vezes instituída por regras arbitrárias e, neste sentido, que não podem ser ultrapassadas impunemente.

Na leitura de Cordeiro, Marques, Ribeiro e Castro (2022), a fronteira determina uma clara delimitação do espaço por meio de uma linha com espessura variável, “a fim de evidenciar a separação de dois ambientes: o que está dentro do que está fora, o que está ‘do lado de cá’ e o que está ‘do lado lá’”. É o que para Gagnebin (2010, p. 13) contém, mantém e evita o transbordar, além de definir os limites “não só como os contornos de um território, mas também como as limitações do seu domínio”. Opondo-se radicalmente a fronteira, que por vezes pode ser o lugar do burocrático, o limiar é o lugar, o espaço onde fervilha a imaginação, como o território da infância, que Benjamin aborda em “Infância Berlinense” (2009).

A segunda noção benjaminiana (1987, p.243) que trazemos é o “espaço de jogo” (Spielraum), que consiste no liminar, desviante, e que existe a partir de uma reorientação de elaboração e de montagem, onde o encontro entre passado, presente e futuro convida ao confronto, à transformação. É caracterizado pela abertura criativa de um intervalo, de limiares e de brechas a partir do qual operam a flexibilidade, o respiro, a pausa, permitindo um trabalho de redisposição de diferentes elementos, entrelaçando-os de outra maneira, e com potência de redefinir as formas da experiência e o rumo das coisas.

O jogo oferece uma dinâmica à experiência capaz de evidenciar o quanto elementos corriqueiros, singelos, vestígios, memórias e rastros são essenciais para a criação de táticas que agem sobre estratégias institucionais de controle. É a lacuna que possibilita experimentar, arriscar ser outro, diferente do que se é (Foucault, 2019). Tal espaço de jogo pode mostrar de que maneira os objetos, palavras, corpos e imagens “estão sempre prontos a mudar de lugar, a se reunir novamente. Todos eles são mais ou menos preciosos, (…) não ocupam apenas o local visível que ocupam, mas também espaços sempre novos” (1987, p.243). Nesse deslocamento cria-se a folga, a brecha para um espaço de vida, lugar de resistência, de política inventiva e transformadora.

Para Benjamin (1987), o espaço de jogo é essa forma de articulação que permite aos objetos transformar suas funções, mover-se com os gestos e movimentos intersubjetivos das pessoas no cotidiano, constituindo-se assim como zona de indeterminação. No limiar possibilitado pelo ato de jogar é possível experimentar o gesto político crítico, porque ainda existe um espaço não preenchido, um espaço parar e dispor, remontar, transformar.

Neste sentido, o espaço de jogo é um espaço político liminar de resistência e invenção, de transformação e sobrevivência (Seligman-Silva, 2023), capaz de estimular, fundamentar e criar conhecimentos partilháveis para propostas emancipatórias e insurgentes, enfrentando a verticalidade do poder e a aniquilação da alteridade, especialmente quando se trata de pensar as experiências da vulnerabilidade que sempre são múltiplas e interseccionais. Neste espaço se dão operações criadoras de bordas e de intervalos realizadas no espaço de jogo que tendem a explorar outras maneiras de elaborar formas de legibilidade do mundo, sobretudo, quando projetos necropolíticos de governamentalidade colocam em risco as formas de vida e suas presenças materiais no espaço, no tempo e nas redes de cuidado.

Na sequência, destacamos as possibilidades de resistência e de transformação trazidas pelas noções benjaminianas de limiar e de espaço de jogo (que aqui entendemos como conjugadas: espaços liminares de jogo), a partir da experiência do grupo Loucos por Bento, constituído em 2016 por atingidos pelo rompimento da barragem de Fundãomoradores até então do subdistrito de Bento Rodrigues, localizado em Mariana (MG), e destruído pelo desastre.

Loucos por Bento Rodrigues: fabulações e gambiarras

A história começa quando, logo após o desastre do rompimento da barragem, alguns dos atingidos de Bento Rodrigues, subdistrito tomado pelo rejeito da mineração, começaram a se encontrar e buscar maneiras de estar no lugar destruído. É neste contexto que surge o Loucos por Bento:  a partir da mobilização de um grupo de atingidos que se vale de um grupo de WhatsApp para trocar ideias e combinar seus encontros.

O primeiro passo foi comemorar a festa de Nossa Senhora das Mercês, na localidade de Bento Rodrigues, em setembro de 2016. Logo depois houve uma rápida ação para colocar em prática o plano que viabilizaria o desejo de os membros da comunidade retornar para o local outras vezes, o que para os ex-moradores significa, ainda hoje, conforme veiculado em matérias na mídia, um momento para celebrar a vida que não foi perdida, amenizar o sofrimento, reviver memórias, e matar as saudades uns dos outros.

“O espaço de jogo instaurado pela comunidade abre um domínio de experiência liminar que está situado entre uma zona de morte e uma zona de refazimento”

Contrariando os pareceres da Defesa Civil, que alertavam sobre os riscos existentes, foi concedido um decreto que autorizava visitas às quartas-feiras e nos finais de semana, de 8h às 18h. Na sequência, outras celebrações religiosas aconteceram no local, como a festa do padroeiro São Bento e a Semana Santa. A estas se somaram eventos profanos como o Réveillon e o Carnaval. Mas ainda era pouco. Não demorou muito para que os moradores obtivessem o direito de pernoitar em Bento nos finais de semana.

A casa da rua mais alta, que não foi atingida pelo rejeito, foi simbolicamente restaurada e é ponto de encontro dos Loucos por Bento. Uma reportagem relata que a ocupação do espaço é caracterizada por arranjos que vão desde o transformador utilizado para gerar energia elétrica, a partir de uma bateria de caminhão; ao forno a lenha, adaptado para cozinhar; o banho à base do caneco – depois a água encanada passou a chegar por meio de uma caixa d’água abastecida por um caminhão pipa. Para dormir, alguns montam barracas e outros trazem colchões de suas casas.

Atores sociais e os espaços liminares de jogo

Para além do aspecto afetivo, o Loucos por Bento pode ser considerado um reduto de resistência. Sua atuação produz um espaço liminar de jogo no qual os membros do movimento seguem apoiados por instituições como a Fundação Ford, que colabora com o Ministério Público Estadual, e a Cáritas, ligada à Igreja Católica, responsável pela assessoria técnica dos atingidos. O grupo tem se engajado na causa para cobrar do governo e poder público a agilidade no processo de reparação e compensação. Desde então, o Loucos tem realizado manifestações, concedido entrevistas, entre outras atividades públicas que proporcionam espaços para vocalização, denúncia e visibilidade à causa.

O movimento de Loucos por Bento promove uma experiência liminar, uma vez que desafia os saberes, dispositivos, instituições e quadros de entendimento que delimitam o que é pensável e possível em um dado momento. A atuação do grupo demonstra também que essa experiência liminar instaura um espaço de jogo no qual o acontecimento é constantemente ressignificado, em uma repetição que acolhe a diferença, que faz reverberar a ruptura da ordem existente, alterando o modo de vida e ritmo próprios naturais à comunidade de Bento Rodrigues.

O espaço de jogo instaurado pela ação da comunidade abre, no caso de Bento Rodrigues, um domínio de experiência liminar que está situado entre uma zona de morte (social e corporal) e uma zona de refazimento na qual busca-se considerar as vidas precárias que são visíveis apenas no momento de seu desaparecimento, ainda que seja inegável a influência do complexo minerador na região. Bento Rodrigues desafiava o que Pèlbart (s.a., p. 36) denomina de “conjunção de plugagem global e exclusão maciça”, pois a agência de seus moradores produzia “territórios existenciais alternativos àqueles ofertados ou mediados pelo capital”.

O subdistrito seguia, até então, sua história “na contramão da serialização e das reterritorializações propostas a cada minuto pela economia material e imaterial atual” (ibdem). O local poderia ser considerado, na perspectiva do autor, como um território existencial alternativo àqueles ofertados ou mediados pelo capital. Havia uma maneira própria de ocupar o espaço doméstico, cadenciando o tempo da comunidade, mobilizando a memória coletiva, produzindo bens e conhecimentos, uma vivência tecida à base das amizades e dos afetos. Lá o cuidado sempre foi rotina: plantar no quintal, criar galinhas, trocar alimentos com os vizinhos, conversar uns com os outros, andar descalço, comer a fruta do pé, deixar as portas abertas, saudar o patrono São Bento, comemorar as festas de Nossa Senhora das Mercês, soltar foguetes nestes festejos, colocar a roupa de “ver Deus” e ir à missa aos domingos.

Esse constante retecer das artes da manutenção coletiva da existência, retratada na experiência do grupo Loucos por Bento localiza a comunidade em um entre-lugar, no passado-presente, mas com a expectativa do futuro, do porvir, como explica Gagnebin (2010): o passado com o fervor do vivido que não volta mais, do presente que se descobre em meio às lutas, e do futuro que se espera com paciência.

É nesse entre-lugar que os agentes de Loucos por Bentos e encontram, no meio dos escombros gerados pela “marcha do progresso”, na tentativa de identificar os fragmentos de uma narrativa que se perdeu no tempo, memórias de vidas que ali viveram suas histórias. O lugar se reconfigura no espaço de jogo instaurado entre o que se perdeu na lama e o que foi preservado, assim como os próprios moradores: os que se foram e os que sobreviveram.

Os moradores também se encontram no espaço da espera, uma liminaridade ativa, atentos aos jogos que se desdobram nos enfrentamentos com a mineradora e os agentes institucionais. Eles seguem o jogo da liminaridade, que requer trabalhar a perda e o refazimento ao mesmo tempo, pois o que sobrou persiste, e é necessário seguir, de alguma forma, e apesar de tudo. A experiência liminar dos atingidos desafia as fronteiras, em todos os sentidos, do domínio, da demarcação física, e se trava no embate pelo direito ao acesso ao território destruído, assim como suas casas e memórias. A disputa em Mariana se dá pelo território, moldado nas relações de poder, conforme salienta Haesbaert (2007, p. 31). Os membros de Loucos por Bento seguem apoiados por instituições como a Fundação Ford e a Cáritas.

Os encontros, as fabulações, as gambiarras desenvolvidas pelo grupo, em suas táticas de jogo, revelam práticas de ressignificação de materiais e sentidos: sujeitos ordinários agindo sobre as estruturas de poder, construindo e reinventando o mundo em seu cotidiano, fazendo transbordar sentidos e formas de vida, uma experiência política da liminaridade calcada em “uma concepção de resistência feita de tenacidade e de paciência, também de gestos cotidianos e sóbrios” (Gagnebin, 2020, p. 67).

A atuação de enfrentamento de Loucos por Bento tem ressignificado a experiência do dano sofrido, tanto do ponto de vista das relações entre os sujeitos envolvidos e destes com o entorno, e revelado um potencial de emancipação dos sujeitos. O grupo inventa e atualiza um espaço liminar de jogo que ganha vida a partir do movimento, da troca, da chamada “zona de respiração”, que expõe à morte, mas também que ressignifica a luta pela vida, pelas brechas que tornam possíveis as existências interdependentes e sempre vulneráveis, no fervor do vivido que não voltará mais.

Referências

BENJAMIN, W. Passagens. Tradução de Irene Aron. Cleonice Paes Barreto Mourão. Belo Horizonte:Editora UFMG, 2009.

BENJAMIN, W. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: _____.  Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1987.

BENJAMIN, W. A doutrina das semelhanças. In: BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Trad. S. P. Rouanet. Prefácio J. M. Gagnebin. 7ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. pp. 108-113.

CAMARGOS, D. Loucos por Bento Rodrigues. Revista Piauí. https://piaui.folha.uol.com.br/loucos-por-bento-rodrigues/ Publicada em: 02/11/2017.  Acesso em: 13/12/2023.

CORDEIRO, I., MARQUES, Â., RIBEIRO, D., CASTRO, J. Desvio, flânerie e liminaridade na experiência do viajante. Passagens, UFC, v. 13, p. 5-36, 2022.

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GAGNEBIN, J. M. Sobre a noção de spielraum em Walter Benjamin: resistência e inventividade. In: Souza, Ricardo et AL (org). Walter Benjamin: barbárie e memória ética. Porto Alegre: out, 2020, p. 63-73.

HAESBAERT, R. Território e multiterritorialidade: um debate. GEOgraphia,  Ano IX – No 17 , 2007, p. 19- 45.

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PELBART, P. P. Poder sobre a vida, potência da vida. Lugar comum. No17, pp. 33-43, 2002.

SELIGMANN-SILVA, M. Walter Benjamin e a guerra de imagens. São Paulo: Perspectiva, 2023.

Ângela Salgueiro Marques

Professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Lara Dornas

Doutoranda em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Índice do Artigo

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